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Costa Amalfitana

Atualizado: 19 de set. de 2022


Viajar pela Costa Amalfitana de carro é uma das viagens que a própria estrada é a grande atração. A estreita rodovia é considerada uma das estradas mais bonitas do mundo. A paisagem é de tirar o fôlego e tem uma surpresa a cada curva fechadíssima. O trajeto transforma-se numa viagem sem compromisso com a hora. A nossa decisão de fazer este roteiro foi a nossa melhor escolha para conhecer um dos cantos mais bonitos da Itália.


A Costa Amalfitana fica encravada na Península de Sorrento, considerada Patrimônio Mundial da Humanidade, a Costa é um conjunto de 17 pequenas cidades, onde a maioria fica literalmente pendurada nos penhascos sobre o mar. As cidades que formam a costa são: Sorrento, Positano, Praiano, Furore, Conca dei Marini, Amalfi, Ravello, Scala, Atrani, Minori, Maiore, Tramonti, Cetara, Erchie, Vietri Sul Mare e Salerno. As mais importantes e visitadas são: Positano, Amalfi, Sorrento e Ravello.


Cidade de Sorrento

O trecho mais bonito é entre Sorrento e Salerno, 60 quilômetros inesquecíveis. Vá sem pressa, mesmo porque, a velocidade é muito baixa devido ao trânsito lento, estrada estreita e curvas fechadas. As paradas ao longo do trajeto são obrigatórias para as fotos ou apreciar a paisagem deslumbrante. Em alguns trechos praticamente só passa um carro de cada vez.


Fizemos nossa base na cidade Nápoles, faremos um post exclusivo para ela. Chegamos à cidade por volta das 11 horas da noite. No aeroporto pegamos um carro alugado e fomos para o nosso hotel localizado ao lado estação central de Nápoles, pois a nossa volta para Roma seria de trem. No dia seguinte partimos na primeira hora rumo a Costa Amalfitana.


Nossa primeira parada foi em Sorrento. Pegamos a Autostrada A3 (Toll road), a estrada neste trecho é muito boa, toda duplicada e muito bem sinalizada. Até Sorrento são 48 KM. A estrada corta o litoral entre o mar e o Vulcão Vesúvio, a vista é sensacional. Chegamos muito rápido a Sorrento, uma pequena e encantadora cidade encravada nos penhascos.



Sorrento também serve de saída para a ilha de Capri. A Ilha fica a apenas 20 minutos de ferry. Fizemos um roteiro básico pelo centro histórico e pelos mirantes da cidade sob o mar Tirreno.



Piazza Tasso - Sorrento
Piazza Tasso - Sorrento

Sorrento que a séculos fascina seus visitantes, ainda tem glamour e romantismo. Imortalizada na Odisséia (obra de Homero) o escritor relata a viagem de Ulisses para casa e segundo Homero a região seria o encontro com as sereias, onde seu canto atraía as embarcações para os rochedos. Por esta citação na Odisséia, Sorrento é conhecida como a cidade das sereias.


Estreita rua de Sorrento
Estreita rua de Sorrento

O centro histórico de Sorrento é bastante pequeno, a maioria das ruas são fechadas para carros. As ruas são estreitas e aconchegantes. Por elas, encontramos uma grande variedade de lojas de souvenirs e artesanatos e você encontra também muitos bares, sorveterias e restaurantes.


Marina Grande Sorrento
Marina Grande Sorrento
Marina Piccola Sorrento
Marina Piccola Sorrento

As ruas são repletas de lojinhas que vendem ou fabricam o famoso limoncello, o licor de limão típico da região. Muito comum encontrarmos pequenos pomares de limão pela cidade. O aroma do limão contagia o ar. Uma delícia.





Ainda na parte da manhã partimos para nossa próxima parada, Positano. 18 Km separam as duas cidades. Logo que saímos de Sorrento pegamos a estrela do passeio, a SS 163. Foram 18 Km bem devagarzinho, com muita calma para aproveitar a linda vista dos penhascos. Uma estrada muito estreita em mão dupla e as curvas são muito fechadas. Em algumas curvas você precisa do auxílio de espelhos, que são dispostos na estrada, para fazer a curva com segurança. Aproveitamos para almoçar num restaurante na estrada com uma vista espetacular. Depois de um bom tempo de viagem chegamos a Positano.


A cidade é minúscula, mas a sua arquitetura salta aos olhos. As casas encravadas no penhasco formando uma enorme escada de casas coloridas e charmosas. É até difícil de explicar. Penso que não tem um roteiro especifico para conhecer esta cidade, o ideal é se perder pelas ruas estreitas que sobem e descem formando um grande labirinto. Pelo caminho você vai descobrindo lojinhas, bares e restaurantes.



Depois de uma boa caminhada pelo centro de Positano, partimos em direção a nossa última cidade da costa, a linda Amalfi. Mais 16 Km de uma estrada que dispensa adjetivos. Também sinuosa, estreita e curvas fechadas, mas com uma beleza singular. A cidade tem basicamente a mesma arquitetura das demais cidade da região. Amalfi se destaca pelo seu charme e beleza. Também possui ruas estreitas com subidas e descidas. A principal rua da cidade é a Via Lorenzo D’Amalfi. A Piazza dei Dogi também possui grande quantidade de bares, restaurantes e lojinhas de souvenir.


Piazza Flavio Gioia - Amalfi
Piazza Flavio Gioia - Amalfi

O Duomo de Amalfi é uma das principais atrações da cidade, visível logo que se chega na pracinha central, a Piazza Flavio Gioia. Da praça se tem uma excelente vista da cidade e da praia. Outra maneira de ver Amalfi e percorrendo a Via Lungomare dei Cavalieri margeando o mar.


Acima, Belvedere cimitero monumentale

Na volta para Napoles fizemos o caminho pela montanha. Pegamos a SS 373. Esta estrada também é muito sinuosa, estreita e em mão dupla. Como o trânsito é muito menor do que a estrada do litoral, você consegue andar mais rápido mesmo as estradas sendo bem íngremes. A paisagem é bonita e se tem uma visão da costa com lugarejos charmosos. Valeu a escolha.


Este caminho passa por Ravello e encontra a Autostrada A3 bem próximo a Pompeia. Como ainda era cedo aproveitamos e visitamos a cidade de Pompeia. De Amalfi até Pompeia foram 37 Km, menos de uma hora de viagem.




Pompeia

O Parque Arqueológico de Pompeia é um dos lugares mais visitados do sul da Itália. A cidade Pompeia foi devastada no ano de 79 d.C. após a erupção do vulcão Vesúvio. O sítio arqueológico fica a 25 Km de distância de Nápoles. O local é muito grande e requer boa disposição para andar entre as ruínas.


A erupção do Vesúvio durou dois dias intensos e apesar da intensidade, acredita-se que a maioria dos seus mais de 20 mil habitantes escapou a tempo. No segundo dia da erupção uma grande passagem de nuvens de cinzas em alta velocidade, com temperaturas altíssimas, foi determinante para matar os habitantes que ainda não tinha conseguido fugir. Assim, Pompeia foi completamente destruída e sepultada por muitos séculos. A cidade foi reencontrada somente nos meados do século XVIII. De lá pra cá já foram contabilizados mais de mil mortos. A densa camada de cinzas e lama vulcânica acabaram, ao longo do tempo, protegendo quase que intactos as construções e os corpos dos habitantes. Você pode ir em uma das casas observar estes corpos. A sensação é muito estranha.




Para visitar por completo o parque é necessário umas duas horas no mínimo. O local oferece um mapa detalhado de cada construção e de seus moradores. Muito legal. São 3 portas de acesso às ruínas: Porta Marina, Piazza Esedra e Piazza Anfiteatro. Entramos pela Porta Marina, a mais próxima do estacionamento. Uma dica, use sapatos confortáveis, o chão é muito irregular na maioria das ruas.


Dica: Os bilhetes podem ser adquiridos nas bilheteiras oficiais localizadas nas entradas do parque arqueológico ou comprados online antecipadamente . Os ingressos custam 16 euros e os menores de 18 anos não pagam pela entrada.


As visitas são permitidas de abril a outubro das 9 horas às 18 horas e de novembro a março das 9 horas às 15:30 horas. Aos sábados e domingos o parque abre às 8:30 horas. Para mais informações visite o site oficial.


Seguro de viagem na Europa é obrigatório ?


Sim, o seguro viagem para a Europa é obrigatório e exige que haja uma cobertura médica mínima de 30 mil euros. Essa regra é válida para todos os países da Comunidade Europeia que fazem parte do Tratado Schengen.



Sempre que falamos de viagem internacional, ressaltamos a importância desse seguro. Além de ser a parte mais barata da viagem é muito importante que tenhamos esse seguro em uma emergência médica, odontológica e muito outros benefícios. Imagina se em uma viagem houver uma emergência e você nem imaginar o que fazer ou para onde ir e muitas vezes nem a língua do país que estamos, não falamos. É um risco que não vale a pena.

Mas quando falamos de obrigatoriedade, falamos de Europa. O restante do mundo, apesar de ser muito recomendado, não há essa obrigação.

O valor mínimo é de 30 mil Euros, mas se você tiver condições, é melhor fazer um mais alto. Serviços médicos não são baratos. Saiba mais aqui.



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Quem somos
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Alfredo Zahal, carioca, 59 anos, historiador, Professor de História e Corretor de Seguros. Viajar deve fazer parte da história de cada um. Minhas cidades preferidas são NY, Lisboa e Roma.

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Patricia Zahal, admistradora de empresas e agente de viagens. Minhas paixões são: viajar, cozinhar e minha família. 

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Viajamos em família desde que Maria Eduarda tinha 2 anos de idade. Sempre curtiu muito nossas aventuras.

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